Justiça Climática se faz com partilha de sementes e mudas
- culturageoruralita
- 15 de jun.
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1ª Edição do Festival Cultural da Agrobiodiversidade: Festa da Partilha de Sementes e Mudas em Duque de Caxias/RJ
Fraternidade e Ecologia Integral
No dia 17 de maio de 2025, Duque de Caxias recebeu 1ª Edição do Festival Cultural da Agrobiodiversidade: Festa da Partilha de Sementes e Mudas.
A Baixada Fluminense continuou com o protagonismo de ser o território que mais possibilita oportunidades de fortalecimento à Segurança Alimentar e Nutricional e de valorização dos saberes e fazeres ancestrais intrinsecamente ligados a Cultura Alimentar.
Em 2025, a "Partilha de Sementes e Mudas" comemora 10 anos — jornada que iniciou como uma atividade anual da Escolinha de Agroecologia, em Nova Iguaçu/RJ, desde 2015.
A Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima, em Santa Cruz da Serra, foi a anfitriã da primeira edição em Duque de Caxias, por meio da articulação do GT Coletivo Cultural Sementes Tradicionais com o pároco Frei Arineu, proposta alinhada com a Campanha da Fraternidade 2025 que trouxe como tema "Fraternidade e Ecologia Integral".

Ecologia Integral, um conceito central da campanha, foi aprofundada pela Encíclica Laudato Si do Papa Francisco (1936-2025) e busca uma visão holística da realidade, reconhecendo a interdependência entre todos os seres e a necessidade de cuidar da casa comum.
O Festival Cultural da Agrobiodiversidade: Festa da Partilha de Sementes e Mudas está relacionado aos preceitos da Campanha. Alguns de seus objetivos — como promover uma reflexão sobre a crise ambiental e social, conscientizar sobre a importância da preservação ambiental e fomentar a sustentabilidade, entre outros — dialogam diretamente com as ações às quais o Festival se compromete.
Sementes e mudas com justiça climática
As sementes crioulas e agroecológicas e as plantas tradicionais alimentícias desempenhando um papel crucial na adaptação e resiliência frente às mudanças climáticas. As sementes crioulas são fundamentais para a promoção da justiça climática, pois representam a resistência dos povos tradicionais e agricultores familiares frente à perda da biodiversidade e aos impactos das mudanças climáticas. Guardadas, cultivadas e compartilhadas por gerações, essas sementes adaptam-se naturalmente às condições locais, garantindo a segurança alimentar e a autonomia das comunidades. Ao preservar essas sementes, protege-se também o conhecimento ancestral e os modos de vida sustentáveis, promovendo uma agricultura mais resiliente, justa e ecológica. Assim, valorizar as sementes crioulas é também lutar por um futuro mais equitativo e sustentável para todos.
As sementes crioulas são símbolo de resistência e cuidado com a vida em todas as suas formas, conectando-se diretamente com a Justiça Climática de forma interseccional.
A programação do Festival Cultural da Agrobiodiversidade
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